Arquivo da tag: coronavírus em esteio

Bancada do PT formaliza pedidos para que a Prefeitura de Esteio cumpra determinações judiciais

O vereador Leo Dahmer apresentou, em nome da bancada do PT, três pedidos de providências ao Prefeito Pascoal para que cumpra as determinações judiciais sobre o pagamento do vale-alimentação, do regime especial de trabalho dos profissionais da educação e do cancelamento do sistema de banco de horas. Os servidores municipais provaram na justiça terem o direito sobre o vale-alimentação, assim como ao benefício relativo ao Regime Especial de Trabalho, tendo em vista que os profissionais, por força maior, tiveram que se adequar a outras condições de trabalho em virtude da pandemia. “Não é correto que a Prefeitura queira tirar proveito semântico, aproveitando-se da pandemia, para retirar o direitos, inclusive à alimentação dos profissionais da educação”, protesta Leo.

Leo quer suspensão de taxa de esgoto no período da pandemia no Novo Esteio

Durante a sessão realizada nesta terça-feira (28), o vereador Leo Dahmer (PT) apresentou o requerimento para outros órgãos 110/2020, solicitando à Companhia Rio Grandense de Saneamento (Corsan) a suspensão de cobrança da taxa de esgoto na comunidade do bairro Novo Esteio, no decorrer da pandemia de Covid-19.

O parlamentar justifica o pedido salientando que o serviço está em fase de implantação e não está sendo prestado de forma integral. “A medida tem por objetivo suspender a tarifa no decorrer da pandemia, que afeta a renda das famílias, ou até a plena prestação do serviço”, ressaltou. 

O documento, aprovado por todos os vereadores, foi encaminhado à companhia.

Texto: Comunicação Social – Câmara Municipal de Esteio

https://www.esteio.rs.leg.br/institucional/noticias/vereador-solicita-suspensao-de-taxa-de-esgoto-no-periodo-da-pandemia

Município atende proposição e passa a destinar merenda à comunidade escolar

A partir de hoje, o município passou a adotar a prática de destinar a merenda escolar às famílias das comunidades com crianças matriculadas na rede pública. O vereador Leo Dahmer protocolou, em abril, a proposição legislativa solicitando que a Prefeitura tomasse as referidas mudanças. Na sessão ordinária do dia 21 de abril, o documento foi aprovado por unanimidade. Além da proposição legislativa, o município foi alvo de medidas jurídicas, que foram dispostas ao Ministério Público, que buscavam evitar o desvio da merenda escolar para outras redes de distribuição. “A nova prática adotada pelo município irá contribuir com a destinação mais justa dos recursos e materiais da merenda escolar, pois desta forma, o município contribui com o incremento de renda e alimentos das famílias da comunidade escolar que foi afetadas pela suspensão da merenda”, explica Leo.

Sindipetro doa máscaras de proteção à Prefeitura de Esteio

O vereador Leo Dahmer participou, na manhã desta quinta-feira (07), da entrega de 40 protetores faciais à Secretaria Municipal de Saúde, para que sejam utilizados pelas unidades básicas de saúde de Esteio. A doação foi feita pelo Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul – SINDIPETRO/RS, que esteve representado por Antônio Carlos Cadore. “A proteção dos trabalhadores e trabalhadoras em saúde tem sido uma das nossas prioridades”, defende Leo. O Sindipetro está contribuindo com doação de equipamentos de proteção individual aos trabalhadores em saúde dos municípios do entorno da Petrobras, contemplando, entre esses, Canoas e Esteio.

Além dos equipamentos de proteção individual, a alimentação básica também tem sido o foco das ações do vereador Leo Dahmer, que tem dirigido suas ações prioritariamente ao Drive Thru da Solidariedade – Esteio e Casa de Cultura do Hip Hop, que possui o programa Hop Hop Alimentação.

Apoie, doe qualquer valor a : Associação da Cultura Hip Hop de Esteio

Banco: Banrisul
Agência: 0213
Conta: 06.218838.0-3
CNPJ: 26.278.665/0001-55
Titular: Associação da Cultura Hip Hop de Esteio

Leo propõe socorro às micro, pequenas e médias empresas

O vereador Leo Dahmer apresentou duas proposições legislativas que buscam socorrer micro, pequenas e médias empresas no período da Pandemia de Covid-19, em Esteio, desde que não demitam seus colaboradores. A proposta é que a Prefeitura crie um programa emergencial de microcrédito dirigido ao setor. O microcrédito potencializa a economia local ao viabilizar recursos aos empreendedores de pequeno porte, para que possam se adaptar as condições de funcionamento em virtude da Pandemia de Covid-19. “Não temos certeza de quando a Pandemia terá fim, mas já sabemos que algumas medidas tendem a se tornar permanentes”, explica Leo.

Além da criação do microcrédito municipal, o vereador também propôs que o município crie um programa emergencial de apoio para o pagamento de aluguel, com valor de até R$ 5 mil, por três meses aos empreendedores, desde que não demitam seus funcionários. A medida busca dar condições aos empreendedores enfrentar os contingenciamentos decorrentes da Pandemia de Covbid-19. As duas proposições foram aprovadas na sessão ordinária, realizada nesta terça-feira 28. Elas devem ser entregues ainda essa semana à Prefeitura.

Dia Mundial em Memória das Vítimas de Doenças Relacionadas ao Trabalho é lembrado com ação de proteção aos profissionais da saúde

A falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os servidores do Hospital São Camilo é um dos problemas que a Esteio precisa enfrentar. Reconhecer o estado de vulnerabilidade nas condições de trabalho dos servidores que atuam na linha de frente para conter a Pandemia de Covid-19, tem sido uma luta do vereador Leo Dahmer, que já formalizou pedidos para que a insalubridade seja agregada ao salário dos profissionais que estão na linha de frente. “Não basta bater palmas, pois é preciso reconhecer pelo salário os profissionais da saúde que estão expostos em real risco de periculosidade”, aponta Leo.

Na manhã desta terça-feira, dia 28, o parlamentar participou da entrega de 200 máscaras e 30 protetores faciais aos servidores do Hospital São Camilo, que irão complementar os Equipamentos de Proteção Individual dos profissionais que atuam na linha de frente da Pandemia. A ação foi promovida pelo Forum Sindical da Saúde do Trabalhador (FSST/RS), que fez a doação dos equipamentos para marcar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Doenças Relacionadas ao Trabalho. “Quem está na linha de frente são os profissionais da saúde e não burocratas de gabinete que fazem o marketing de governo”, conclui Leo.  

O FSST também destinou doações ao Hospital Getúlio Vargas e para a UPA-24 horas de Sapucaia do Sul, que atende a comunidade de Esteio. “Esteienses que precisam da UPA-24 horas precisam ir para Sapucaia do Sul, tendo em vista que o Prefeito Pascoal desistiu de ter o equipamento de saúde pública em Esteio, mesmo tendo recebido prédio pronto e recursos em caixa para compra de equipamentos”, lamenta Leo.

Dia Mundial em Memória das Vítimas de Doenças Relacionadas ao Trabalho

Esteio passa a exigir máscara para circulação na cidade

Novo decreto nº 6584/2020 determina uso de máscara de proteção facial por toda a população ao circular pela cidade. Foram prorrogadas até 30 de abril, as restrições relativas a estabelecimentos comerciais anunciadas no Decreto Municipal 6.571. Porém, dá novas orientações sobre as restrições de funcionamento de restaurantes, bares, lanchonetes, academias e estúdios de treinamento, feiras ao ar livre, reuniões, eventos e cultos.

O vereador Leo Dahmer solicita a todas as pessoas que puderem que fiquem em suas casas para não sobrecarregar o sistema de saúde. “Com o sistema sobrecarregado as pessoas ficarão sem atendimento médico para qualquer tipo de doença, principalmente nos dias frios do inverno gaúcho”, avalia Leo.

Cuidados e como usar a máscara:

Organização Mundial da Saúde

Unitec doa 50 máscaras ao Hospital São Camilo

O vereador Leo Dahmer fez um agradecimento público à Unitec, da Unisinos, pela doação de 50 máscaras de acetato para os profissionais do Hospital São Camilo. “O Hospital São Camilo está com dificuldades na aquisição de EPIs, a doação das máscaras é importante à garantia da segurança dos profissionais da saúde, que estão na linha de frente no combate ao Covid-19”, explica Leo. O vereador acompanhou a entrega das máscaras na tarde desta sexta-feira, dia 17. “Temos que cuidar daqueles que cuidam”, enfatiza Leo.

Leo comenta documento que sugere impedimento de Bolsonaro

A tendência interna do PT, denominada Democracia Socialista (DS), emitiu uma manifestação política no dia 1º de abril. O documento sugere movimento Fora Bolsonaro e apresenta suas justificativas. O vereador Leo Dahmer vê coerência com os conteúdos do documento e a realidade política do Brasil. “Estamos enfrentando problemas graves diante de uma Pandemia, que fica especialmente pior com o sistemático boicote político dos defensores do Estado-Mínimo que governam o Brassil”, explica Leo.

Neste período de reclusão, em virtude das práticas de isolamento, o vereador Leo Dahmer organizou um gabinete virtual, que pode ser acessado pelo endereço: http://leodahmer.com.br . Neste espaço serão disponibilizados conteúdos de debate político que contribuem para o entendimento conjuntural, permitindo a qualificação do debate acerca do interesse público. Abrindo janelas para o desenvolvimento de ferramentas que aproximam as pessoas dos conteúdos que estão sendo debatidos, além de permitir a manifestação direta em cada publicação, ou mesmo como uma nova publicação. Como nos lembra Leonardo Boff,  “todo ponto de vista é a vista de um ponto”.

Veja a abertura do documento:

Fora Bolsonaro! Viva a Vida!

Democracia Socialista

Frente à grave crise nacional e à iminência de uma grande catástrofe social, é fundamental  defender a vida e construir um caminho para a democracia e por um novo modelo econômico e social.

O principal problema a ser resolvido na crise nacional que explodiu com o coronavírus é a Presidência da República e o governo em volta dela. Passou um ano desmantelando o SUS e desorganizando a economia, continuando a política neoliberal radical de Temer.  Agora a principal ação do governo e do presidente em especial é atacar as medidas sanitárias universalmente adotadas e oferecer ao povo a escolha entre a morte pela epidemia (dos que para sobreviverem sem apoio de políticas públicas se expõem ao contágio) ou a fome e a ruína pelo desemprego e falta de renda (que serão negados àqueles em isolamento social sem proteção pública). Desacatando abertamente as normas básicas de proteção sanitária e incitando à sua desobediência, Bolsonaro coloca toda a nação sob o risco de morte, em clara situação de genocídio. De outro lado,  um governo neoliberal de extrema-direita não vai  executar com empenho as poucas medidas já aprovadas de proteção econômica do emprego, dos trabalhadores informais e dos pequenos empreendimentos.

Bolsonaro passa agora à polarização contra todos, apostando na ousadia das suas investidas, na mobilização da sua força social própria e, de outro lado, na impotência e paralisia dos demais atores institucionais. Aproveita-se da existência de um campo neoliberal comum que atua para reduzir os danos colaterais de seus atos, mas não questiona o seu mandato. O Congresso Nacional, por exemplo, mesmo depois de atacado duramente pelo presidente não tomou a decisão de dar início ao processo de impedimento.

Acesse aqui a íntegra do documento:

Fora Bolsonaro! Viva a Vida!

Democracia Socialista

Frente à grave crise nacional e à iminência de uma grande catástrofe social, é fundamental  defender a vida e construir um caminho para a democracia e por um novo modelo econômico e social.

O principal problema a ser resolvido na crise nacional que explodiu com o coronavírus é a Presidência da República e o governo em volta dela. Passou um ano desmantelando o SUS e desorganizando a economia, continuando a política neoliberal radical de Temer.  Agora a principal ação do governo e do presidente em especial é atacar as medidas sanitárias universalmente adotadas e oferecer ao povo a escolha entre a morte pela epidemia (dos que para sobreviverem sem apoio de políticas públicas se expõem ao contágio) ou a fome e a ruína pelo desemprego e falta de renda (que serão negados àqueles em isolamento social sem proteção pública). Desacatando abertamente as normas básicas de proteção sanitária e incitando à sua desobediência, Bolsonaro coloca toda a nação sob o risco de morte, em clara situação de genocídio. De outro lado,  um governo neoliberal de extrema-direita não vai  executar com empenho as poucas medidas já aprovadas de proteção econômica do emprego, dos trabalhadores informais e dos pequenos empreendimentos.

Bolsonaro passa agora à polarização contra todos, apostando na ousadia das suas investidas, na mobilização da sua força social própria e, de outro lado, na impotência e paralisia dos demais atores institucionais. Aproveita-se da existência de um campo neoliberal comum que atua para reduzir os danos colaterais de seus atos, mas não questiona o seu mandato. O Congresso Nacional, por exemplo, mesmo depois de atacado duramente pelo presidente não tomou a decisão de dar início ao processo de impedimento.

Esse quadro tem  agora uma alteração decisiva. Os partidos de esquerda e de centro-esquerda finalmente tomaram  a iniciativa de colocar Bolsonaro como inimigo da nação e sua saída como condição para o enfrentamento da crise. A primeira intervenção comum nesse sentido, dos candidatos a presidente de 2018, pôs a pressão na renúncia do presidente. A segunda intervenção, assinada pelos partidos, foi mais ativa e entrou com notícia-crime no STF visando seu afastamento do cargo. A discussão sobre a iniciativa do impeachment também faz parte das discussões sobre o que fazer no imediato.

Uma das principais ações de oposição com alternativa partiu dos governadores, com os do PT à frente. Coloca-se em outra direção e nos seus espaços territoriais busca estabelecer a regra sanitária universal de proteção. O Consórcio do Nordeste, com PT, PCdoB e PSB numa frente de esquerda, avança na construção de políticas públicas comuns e de uma referência de governo regional. Seu peso político é muito importante, mas sua incidência é limitada pela ausência de instrumentos de política econômica e pelos limites da própria ação regional.

Assim, o que é fundamental é a ação face à principal questão democrática: o exercício do poder nacional. Quando esse poder é exercido autocraticamente, é dever de todos os que defendem a democracia lutar para impedi-lo e substitui-lo através da soberania popular.

A extrema-direita deu mais um passo para suprimir a democracia e tem de ser barrada e vencida agora. E a via para isso é a política de enfrentamento a um só tempo das dimensões sanitária, econômica e  principalmente política da crise. Isso implica na construção do fim imediato do governo da extrema-direita e abrir a perspectiva de colocar nas mãos do povo a decisão sobre os rumos do país.

A politização da crise é evidente e cada vez mais compreendida pela  consciência popular. Cabe às forças de esquerda, com o PT em destaque, assumirem seu papel dirigente na luta pela democracia.

A politização da crise é evidente e cada vez mais compreendida pela  consciência popular. Cabe às forças de esquerda, com o PT em destaque, assumirem seu papel dirigente na luta pela democracia.

Crise de civilização e necessidade de por fim ao neoliberalismo

A pandemia irrompeu em cenário internacional de profunda descoordenação política e de crescimento econômico sem dinamismo e desigual entre as regiões do mundo. A descoordenação internacional não é novidade desde a globalização acelerada nos anos 80 do século XX, mas foi exacerbada pelo governo Trump.

Além de implicar em nova recessão no curto prazo, a pandemia  abriu enorme incerteza sobre qual recuperação (com quais características, quando e como) poderá vir. A maior ameaça é um futuro imediato com muito mais desigualdade (desemprego e miséria estruturais, explosão das dívidas públicas empurrada para a maioria pagar, neoliberalismo de exceção) e, portanto, cada vez menos democracia, numa repetição piorada dos desdobramentos das crises de 2008 e 2011.

O futuro depende dos combates desse momento e da maior clareza programática possível sobre a crise, suas possibilidades de superação e as ameaças de regressão. A luta para salvar vidas é indissociável das lutas pelo emprego, renda e democracia. É indissociável da luta por um outro modo de organização da economia, do poder e da relação entre países. A pandemia entrelaçada com a crise econômica e o imperialismo leva novamente a humanidade às bordas de uma crise sistêmica.

A pandemia do COVID-19 ocorre em um momento da economia mundial no qual já existia relevantes obstáculos para um crescimento econômico sustentável. A crise de 2008 permitiu a visualização da ponta do iceberg de contradições não solucionadas na atual fase do capitalismo. Essas contradições decorrem da tendência à baixa da taxa de lucro, da insuficiência estrutural da demanda efetiva e de incapacidade de funcionar em limites ambientalmente sustentáveis. O descompasso elevado do lado real da economia com o mundo da especulação financeira faz com que a tendência de crise do capitalismo seja artificialmente postergado por uma valorização financeira fictícia.

Ao contrário de outras crises econômicas, esta tem uma característica que  torna  sua superação vinculada à solução da crise sanitária. Ou seja, a retomada será mais difícil em função de fatos que não são estritamente econômicos, portanto que dependem de variáveis que talvez só venham a ser controladas num espaço longo de tempo.   

O impacto econômico da pandemia é de uma proporção que dificilmente possa ser superestimada. Na verdade provavelmente vem acontecendo o contrário, uma subestimação generalizada de seus efeitos.

A conseqüência provável dela é uma recessão profunda, semelhante ou pior do que a de 1929, com desestruturações das cadeias produtivas (que hoje são bem mais internacionalizadas), enorme insuficiência de demanda e aumento ainda maior do desemprego e da desregulamentação com o consequente aumento da miséria a níveis dramáticos.

A única forma de contrarrestar esses efeitos é  a mudança qualitativa radical da atuação e da própria natureza do Estado. Este terá de providenciar demanda e impedir a miséria e também Reorganizar a Produção. A intervenção estatal será condição para qualquer retomada.

No curto prazo até os neoliberais mais empedernidos se aproximam das propostas keynesianas, mas nem por isso deixam de estar ao mesmo tempo preparando um posicionamento estratégico. É aparente a loucura que Bolsonaro (e mesmo Trump) mostram pelo desprezo à vida. Na verdade estão tentando jogar as responsabilidades de seus governos naqueles que “causaram” o problema econômico, ou seja, os defensores do isolamento.

Ao criar a falsa dicotomia Vida x Economia o que querem é tirar a responsabilidade de seus próprios governos e jogá-las sobre os que defendem o isolamento. Neste momento, cabe ao Estado providenciar a Economia, com ações de renda e emprego. Criar a ilusão de que, se não houvesse o isolamento,  a renda e o emprego iriam reaparecer,  é ilusório e profundamente desonesto. Inclusive porque ficou demonstrado na pandemia da Gripe Espanhola que as cidades que fizeram isolamento social recuperaram a atividade econômica mais rapidamente e melhor do que as que não o fizerem. Mas para que possamos impedir essa falcatrua de convencer as pessoas desesperadas pela falta de renda devemos imediatamente fazer propostas e cobrar com força as responsabilidades do Estado, nos três níveis de governo. E, simultaneamente, lutar pela máxima democracia.

Devemos, portanto, realizar a disputa política e ideológica necessária com a energia e profundidade necessárias, preparando o médio e longo prazo dessa disputa com propostas imediatas que dialoguem com o sofrimento das pessoas, que são atingidas pela miséria e o desemprego que o modelo neoliberal criou e que agora explodem com força inédita devido a crise sanitária do COVID-19.

Vida, Renda, Emprego e Democracia

Primeiramente, a conquista da manutenção da Vida deve ser procurada com o isolamento social mas também com investimentos urgentes e permanentes em saúde. Produzir toda a estrutura para que haja condições e profissionais de saúde em quantidade mínima recuperando em dias a tragédia dos anos de desmonte neoliberal é tarefa possível e necessária. A própria atividade econômica deve ser redirecionada para isso, contratando-se todos os profissionais possíveis, inclusive os médicos cubanos que o governo Bolsonaro mandou embora.

O direito à vida cobra uma verdadeira refundação do SUS, de sua legitimidade pública, da superação de seu histórico subfinanciamento, de sua construção pública  democrática e universal, superando o viés privatista da medicina voltada para o lucro. Será preciso retomar com vigor o programa inscrito na constituição de 1988 de um sistema de saúde único, de qualidade e universal como um direito fundamental do povo brasileiro.

Renda é condição de vida nesse momento, pois o isolamento exige que a Renda seja garantida pelo Estado, já que esse mesmo Estado desregulamentou e precarizou o trabalho e porque há óbvios limites para a economia providenciar a renda necessária para as pessoas. Renda mínima, estratégias estatais de abastecimento ( e apoio às estratégias solidárias) para as populações mais pobres deveriam ser o centro da atuação Federal. Mas o que vemos é uma paralisia total, o que leva a conclusão que Bolsonaro quer a miséria e o desespero, para justificar sua atuação irresponsável.

Emprego foi duramente atacado pala estratégia neoliberal e este desmonte será aumentado e tornado avassalador pela irresponsabilidade da elite empresarial brasileira. As demissões em massa só serão evitadas ou amortecidas por uma vigorosa atuação estatal. O poder público precisa proibir demissões nesse momento, amparando as empresas, sob a condição de não demissão e sob vigilância dos sindicatos, para tornar isso efetivo. Esta medida, assim como os dois itens anteriores, terá custos fiscais elevados.

O Estado terá que suportar isso tudo e pagar essa conta, o que é perfeitamente possível uma vez que a criação de demanda nesse momento não apenas não é inflacionária como ajudará em muito a atividade econômica. O Estado se endividar e aumentar a liquidez da economia é a política correta e imprescindível, como foi para a saída da crise de 1929.

A indecência da exploração rentista dos últimos anos (paga pelo Tesouro) coloca como um dever ético e uma politica de redução de desigualdade a cobrança do imposto sobre grandes fortunas, os lucros e outras formas de cobrar da elite, que expropriou riqueza do Estado e da sociedade, que de alguma forma devolvam os patrimônios abocanhados.

Além de crise sanitária, estamos face a uma crise do sistema econômico neoliberal. Ela evidencia o fracasso de suas políticas de redução do Estado, das privatizações, da precarização do trabalho e dos direitos sociais.

E, além de evidenciar o fracasso do neoliberalismo, coloca-se a conquista da Democracia em seu sentido mais substantivo, com um novo modelo econômico, social e político nas Américas e no mundo, com a democracia direta como fundamento da soberania.

Ações emergenciais efetivas para garantir a vida das pessoas serão possíveis somente com o fim do paradigma neoliberal e a intervenção estatal, baseadas em princípios democráticos.

A opção democrática é a única forma de construir o caminho para superar a crise a médio e a longo prazo, a nível nacional e internacional. As medidas de combate ao vírus não podem se confundir com posturas ditatoriais que se aproveitam da situação para aprofundar o autoritarismo, a exclusão e o ataque a países que são considerados inimigos pelos EUA. Defendemos o fim imediato dos embargos e sanções econômicas impostas a Cuba e Venezuela para garantir o auxílio à população destes países bem como a contribuição fundamental de Cuba ao combate à crise sanitária.

Emergências

A classe trabalhadora é o centro da resposta à pandemia. Tanto nas atividades essenciais como no sustento das famílias e garantias de isolamentos sociais salubres e dignos. Portanto, faz-se imperativo garantir:

– amplo diálogo social, tripartite e bipartite, a fim de garantir que a definição e estabelecimento de medidas no âmbito da pandemia sejam tomadas com a participação de sindicatos e organizações sociais;

– A negociação coletiva como principal ferramenta para garantir o diálogo. É essencial garantir a ultra-atividade (manutenção dos direitos trabalhistas firmados) na negociação coletiva por 180 dias ou até que a crise seja superada;

– Garantia de estabilidade de emprego e salário para os trabalhadores ou ao menos mecanismo direto de transferência de renda;

– Garantia que as opções de teletrabalho utilizadas para garantir o isolamento e não precarizem as relações de trabalho aumentando a exploração de jornada e reduzindo renda;

– Ampliar a proteção social e segurança no trabalho, aos trabalhadores que desempenham atividades essenciais;

– Dar garantias de proteção aos que se encontram ou entrarem em licença (médica, maternidade, férias…)

– Proteção às mulheres  vítimas da violência doméstica, que se agrava neste período do  confinamento por quarentena

– Fortalecimento do SUS.

– Expressamos a necessidade de colocar no centro da resposta do estado as pessoas em situação de maior vulnerabilidade, como as que vivem na rua e em extrema pobreza, os trabalhadores em situação de informalidade, as trabalhadoras domésticas, bem como os trabalhadores da saúde, alimentação, limpeza urbana e outros setores que estão na linha de frente da luta contra o vírus.

A alternativa de esquerda na crise brasileira

A alternativa de esquerda pode ser assim compreendida: construir maioria ativa em torno da saída do presidente por via legislativa ou jurídica, intervir com um programa de proteção social e de reorganização da economia em oposição ao neoliberalismo e resgatar a soberania popular frente à crise do governo da extrema-direita. Ela exige ousadia e radicalidade democrática.

Por isso mesmo, a frente de esquerda ,com a participação decisiva do PT, é fundamental e necessária para a solução democrática da crise nacional: só ela pode construir a resposta imediata e histórica à ordem burguesa dependente e regressiva.

A frente de esquerda deve buscar alianças mais amplas para enfrentar a extrema-direita e a barbárie que traz consigo. E alianças mais amplas podem ser frutíferas desde que não se substitua a soberania popular por conchavos de cúpula e nem se abandone o programa de superação radical do neoliberalismo por pactos de conciliação de classe.

O fim democrático e imediato do governo Bolsonaro é, portanto, tarefa imprescindível para a existência de um mínimo de democracia e da própria característica de civilização no Brasil.  Para isso devemos mobilizar a sociedade através de todas as formas viáveis nesse momento, como as manifestações nas janelas, as iniciativas virtuais e a participação ativa no debate público , com a articulação ativa do movimento sindical e demais movimentos populares e da mais ampla participação da sociedade civil,  assim como a mais forte articulação partidária possível, a começar por uma definição formal do PT, para tornar realidade o IMPEACHMENT JÁ!