Como essa política afeta Esteio

Em Esteio o corte é de 85% do orçamento repassado ao Hospital São Camilo. Leite simplesmente desfaz as ações políticas implementadas pelo Governador Tarso Genro, que mantém o hospital 100% SUS, com porta única de atendimento. O Programa Assistir redimensiona os repasses retirando dos hospitais públicos para hospitais privados, filantrópicos, que possuem um protagonismo diferente na responsabilidade da saúde pública da população gaúcha. O programa, na prática, determina que dos R$24 milhões de repasses, o município passará a receber R$4 milhões.

Compreenda o contexto político

O programa Assistir, que está sendo implementado pelo Governador Eduardo Leite, destrói a saúde pública para recuperar hospitais da rede privada e filantrópica. O programa integra uma das ações de governo que tem por consequência a diminuição de investimentos em saúde em Esteio. Esses ataques frequentes aos serviços públicos são patrocinados pelos defensores do estado-mínimo, que no exercício da gestão transformam suas teses políticas em ações de governo, nesse caso, governos neo-liberais. Nessa recente polarização, os defensores do neoliberalismo bolsonarista possuem uma característica comportamental bastante evidente, de orientar suas motivações sob uma heliosfera de ódio. Esse ódio geralmente é aplicado à destruição do objeto, comportamento ou política que está sendo odiada. Tal comportamento intui ações de ruptura. A ruptura, em si, pode ser uma virtude, no entanto, sob o prisma da política do ódio acaba produzindo mecanismos legais que aceleram a degeneração social, como consequência das próprias rupturas. Rupturas com a democracia, rupturas, renúncia e exclusão de tudo que não pertence ao grupo em particular. Tal perspectiva aplicada em larga escala promove essa tragédia social, que atinge os serviços públicos e por consequência a qualidade de vida das pessoas que vivem aqui pela região e utilizam o Hospital São Camilo.

“Diante da compreensão deste contexto político pode-se ver uma das motivações que tem favorecido o protagonismo do ex-presidente Lula neste novo cenário. Ocorre que a experiência política do Governo Lula foi marcada pela capacidade de conciliação entre campos absolutamente distintos. A ideia de conciliação está intrínseca em todas as suas ações políticas de governo e produziram um Brasil sem fome e sem desemprego. Promover a política de conciliação em contraponto ao ódio e a violência parece ser o grande desafio político, a qual nos debruçamos com total dedicação”, avalia Leo Dahmer.