O vereador Leo Dahmer, do PT, participou ativamente do movimento de greve contra a reforma da previdência, desde a produção de vídeos esclarecendo as motivações dos trabalhadores, no acompanhamento das atividades no decorrer do dia 14 e as avaliações sobre o movimento, posteriormente. Por conta de sua liderança frente ao movimento, foi alvo do MBL que projetou vídeos editados em nível nacional defendendo o discurso de que a greve não havia ocorrido, que tudo passava de uma farsa. A dimensão do movimento soterrou o discurso do MBL e ficou impossível afirmar que não houve greve, mas já haviam distribuído o vídeo em nível nacional para enfraquecer o vereador enquanto liderança política no Rio Grande do Sul.
O Prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal, também protagonizou o movimento, coordenando as ações contra a greve atuando em duas frentes. Uma que focava o trabalho na distribuição de mentiras e avaliações que procuraram desmerecer a atividade dos grevistas e pela repressão, com a Guarda Municipal, Brigada Militar e Batalhão de Choque. Pascoal passou a protagonizar o movimento em defesa de Bolsonaro e da Reforma da Previdência em manifestação em rede social. Antes da greve já sustentava que o movimento não faria nenhuma alteração na cidade e cortou o ponto de servidores. O vereador Leo Dahmer reagiu a posição política do prefeito qualificando sua posição de cínica e mentirosa A posição se confirmou na sexta-feira como mentirosa, quanto ao cinismo já era presente desde a decisão de mentir para a população.
No dia da greve, o vereador Leo Dahmer acompanhou a agenda das lideranças sindicais. O início foi em frente a Real Rodovias, onde ocorreu uma adesão significativa de quase a totalidade dos motoristas, desde as 5 horas da manhã. Os motoristas de ônibus dialogavam com a organizaçãop sindical e as decisões eram tomadas coletivamente em frente a empresa. Eles decidiram manter a paralisação enquanto o Trensurb permanecesse paralisado. A grande preocupação dos motoristas era o clima tenso com forte aparato policial, no entanto, sem nenhuma condição de garantir a segurança dos motoristas. Os trabalhadores do trensurb, que manejavam os trens vazios no decorrer da paralisação acenavam com buzinas em apoio ao movimento quando passavam pelo local de concentração dos motoristas de ônibus. Então ficamos sabendo que os trens estavam parados por um grupo de grevistas, que acabaram presos em Porto Alegre. A violência e a postura truculenta se deu em todos os locais onde os trabalhadores agiam de forma organizada. Em Esteio, as pessoas que apoiavam o movimento foram para frente dos portões da Real Rodovias na Castro Alves. “Não foi organizado qualquer piquete, qualquer ato de violência ou que pudesse ser compreendido como uma ameaça, no entanto, os policiais atacaram com bombas a manifestação pacífica, que consistia em estar parado ali”, explica Leo. No entanto, posteriormente, com relatos de outras lideranças sindicais, percebeu-se que o comportamento truculento da Brigada Militar com os trabalhadores se deu em diversos locais da mesma forma, o que fez lideranças sindicais compreenderem uma postura acertada pelo comando da corporação. “Durante o tempo que acompanhei o movimento não vi nenhuma liderança policial disposta a estabelecer um diálogo civilizado com as pessoas que se manifestavam. A única comunicação da Brigada Militar com os trabalhadores foram por meio de armas e bombas”, lamenta Leo.
Ainda pela parte da manhã, antes das 8horas, ocorreram as manifestações em frente ao portão da Refinaria Alberto Pasqualini, que contou com forte aparato policial. Logo mais, por volta das 8 horas da manhã iniciou a concentração de outro grupo na Avenida Presidente Vargas, esquina com a Rua Garibaldi, na Rua Coberta. A atividade era organizada pelo Sisme. Após ato político em que as lideranças se manifestavam sobre os motivos da greve geral, centenas de pessoas se reuniram e partiram em caminhada pela Avenida Presidente Vargas, até a Avenida Padre Claret, depois retornaram pela Avenida Presidente Vargas até a frente da Prefeitura de Esteio. O movimento foi recebido pela tropa de choque, diversas viaturas da Brigada Militar e da Guarda Municipal, que no conjunto se mostrava como um forte aparato repressivo.
No decorrer do dia, os apoiadores da Reforma da Previdência e do governo Bolsonaro passaram a atacar o movimento grevista com a divulgação de mentiras e memes. As mentiras partiram da manifestação do próprio prefeito Pascoal, com um posicionamento que procurava diminuir a ação dos trabalhadores em protesto. Os evidentes equívocos presentes na mensagem, que julga todos os participantes do movimento reduzindo suas perspectivas de reivindicação, provocaram grande indignação. O MBL editou e adulterou um vídeo da Página do Facebook do vereador Leo Dahmer e distribuiu em rede nacional, incluindo o perfil do líder do movimento que apoia a Reforma da Previdência, deputado Kim Kataguri, do Democratas. Na esteira da onda conservadora está o jornalista editor de Política do Jornal VS, Thiago Padilha, que pautou suas observações políticas a partir dos memes do MBL.
Na segunda-feira, dia 17 de junho, o vereador Leo Dahmer chamou as lideranças sindicais para um bate papo ao vivo no programa Papo Reto, para fazer uma avaliação dos movimentos de greve. Participaram do programa, Gerson Cardoso, representando o Sindipolo, Graziela Neto, presidenta do Sisme e Siegfried Bernich, do Sindipetro.