A anunciada privatização da Corsan por Eduardo Leite (PSDB) tem reflexos diretos nos municípios, já que o saneamento é uma concessão municipal. A privatização da água tira o controle da comunidade sobre a garantia da qualidade na prestação do serviço, que é essencial à vida. Pelo fato da dinâmica de qualquer empresa privada é gerar lucro, a lógica torna a conta da água mais cara, além de que as empresas privadas nessas concessões terem um histórico de não reinvestirem os valores arrecadados na estrutura para ampliar, ainda mais, as margens de lucro. Mais de 300 municípios gaúchos possuem, atualmente, contratos com a Corsan. A privatização afetará os contratos com os municípios, promovendo um rompimento que parte de uma ação do Governo do Estado. Nesse caso, como rezam os contratos da Corsan com os municípios, o sistema pode ser municipalizado e o Governo do Estado indenizado de acordo com a disponibilidade econômica de cada cidade. A observação é do diretor de Comunicação do Sindiágua, Rogério Ferraz, que debateu o tema com o vereador Leo Dahmer, de Esteio, na semana passada, em live em uma rede social.
Um pedido de informação apresentado pelo vereador Leo Dahmer à Prefeitura de Esteio, em 15 de junho, busca saber sobre qual amparo legal que o município pretende adotar para dar conta do processo de transição contratual, caso a privatização da CORSAN se consolide, motivou a realização da live, que aconteceu na quinta-feira (24). Nesta semana, o parlamentar encaminhou uma proposição legislativa, que irá ao plenário nesta terça-feira(29), em que sugere a formação de um grupo de estudos no município para avaliar a melhor alternativa para Esteio. Leo e Rogério discorreram sobre temas importantes aos municípios, tal como o possível aumento do preço da água.