Arquivo da categoria: A luta pela democracia

Escola Infantil Sestilha Toniolo segue aberta à comunidade

Neste primeiro semestre de 2018 a Escola de Educação Infantil Sestilha Toniolo passou por momentos muito delicados, causando grande preocupação para a comunidade escolar do entorno da Paróquia Coração de Maria, em Esteio. No entanto, a mobilização dos funcionários e da comunidade escolar construiu alternativas para a superação dos impasses, que decorriam da troca do modelo de relação com o Poder Público, deixando o modelo regulado pela Lei de Licitações nº8666, para a Lei 1319 estabelecendo um novo regime jurídico. “Muitos agentes políticos representando o governo queriam fazer crer que houve problemas na gestão da Escola, que não é verdade. Essa perspectiva é uma injustiça com toda a comunidade esteiense. Ao invés de querer reprimir as pessoas e produzir “culpas”, devíamos nos debruçar em produzir soluções para a cidade”, defende o vereador petista Leo Dahmer, que acompanha o caso desde as primeiras manifestações da comunidade escolar.

A ausência de um processo de transição por parte da Prefeitura deixou os funcionários sem salários por meses, no entanto resistiram e realizaram um movimento vitorioso que sensibilizou a Prefeitura a tomar iniciativas para que a prestação de serviços da Escola não fosse interrompida. O vereador Leo Dahmer acompanha os desdobramentos para que as incompreensões demonstradas pelos agentes políticos nos debates da Câmara de Vereadores, na sessão do dia 13 de março, orientados por um revanchismo orquestrado pela gestão de Pascoal, não venha prejudicar os funcionários e a comunidade escolar que é beneficiada com os serviços da Escola. “Foi fundamental a manifestação pública dos profissionais e da comunidade escolar para que o Poder Público pudesse compreender a situação da escola, que queremos que continue funcionando e atendendo a nossa comunidade”, explica Leo.

Veja mais sobre o tema:

Prefeitura descumpre novamente promessa de pagamento à Escola de Educação Infantil Sestílha Toniolo

Reunião aponta solução para atraso de repasse à Escola de Educação Infantil Sestílha Toniolo

 

Conhecer a história para agir no presente e construir o futuro

O presidente do PT de Esteio, Leo Dahmer, participou de uma atividade da corrente interna do partido denominada Democracia Socialista, realizada na noite de sexta-feira, dia 16, em Esteio. No entanto, ao invés dos debates sobre os temas do presente que pressionam a agenda política, a atividade partidária consistia em compartilhar conhecimentos. Alguns integrantes do grupo participaram de um curso de formação, com duração de quatro dias, em que diversos palestrantes abordaram temas da história, da economia, do direito, da política e da sociedade. O sindicalista Gerson Cardoso, que integra a direção do Sindipolo, juntamente com a jovem Caroline Hessler, estudante de políticas públicas da UFGS, participaram da formação e apresentaram uma síntese dos temas abordados e debatidos no decorrer do curso. “O que aprendemos com clareza é que temos que estar junto das pessoas, não acima, não abaixo, nem à frente e tão pouco atrás. Estar ao lado pode parecer fácil, mas é o grande desafio neste tempo em que a política está voltada para garantir privilégios”, disse Gerson em sua explanação.

Gerson e Caroline

Vilmar Ballin lota Clube Sete de Setembro em seu aniversário de 60 anos

A noite de sábado(17), em Sapucaia do Sul, foi marcada pelas festividades do aniversário de Vilmar Ballin, que comemorou a passagem de seus 60 anos de idade. Familiares, amigos e lideranças políticas de diversas matizes prestigiaram a festa, que ocorreu no Clube Sete de Setembro, em Sapucaia do Sul. O vereador Leo Dahmer, presidente do PT de Esteio, participou da atividade. “Vilmar Ballin é uma liderança importante da nossa região. Uma pessoa capaz de compreender claramente os problemas comuns que temos. Seus mandatos, desde a câmara de vereadores até a Prefeitura, se destacam em todo o Brasil pela sua sabedoria política refletida na construção de sua sucessão, hoje exercida pelo Prefeito Link”, explica Leo.

Vilmar Ballin lota Clube Sete de Setembro em seu aniversário de 60 anos

PT de Esteio na Caravana Lula

O Partido dos Trabalhadores de Esteio se reuniu na quinta-feira (15), para tratar da organização da Caravana Lula na Região Sul. O pré-candidato a Presidência da República do PT, Luiz Inácio Lula da Silva estará, no dia 23, sexta-feira, a partir das 19 horas, em São Leopoldo. O presidente do PT de Esteio, Leo Dahmer irá participar de uma reunião regional, nesta segunda-feira, dia 19, em São Leopoldo para tratar de detalhes do evento. A atividade da Caravana de Lula em São Leopoldo ocorrerá na praça atrás da Igreja central da cidade.

Reunião do PT Esteio – caravana Lula

Sisme conquista espaço para debater Plano de Carreira do Magistério em Esteio

A Câmara de Vereadores de Esteio promoveu, na tarde desta terça-feira (30), uma reunião que contou com a participação de todos os vereadores para debater o método de discussão que será realizado em torno do Plano de Carreira do Magistério. A reunião foi solicitada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Esteio (Sisme), que reivindica a realização de audiência pública após recesso escolar para viabilizar o debate sobre o plano de carreira do magistério. O vereador Leo Dahmer, da bancada do PT, manifestou seu em apoio a proposta apresentada pelo sindicato. (Debate do Plano de Carreira do Magistério deve ocorrer após início do ano letivo, defende Dahmer).

Na reunião, o vereador Leo Dahmer contextualizou o novo cenário político de 2018, citando a nova gestão da Câmara de Vereadores e liderança de governo no Legislativo, afirmando que se existe um novo marco de relação do governo com a sociedade ele inicia agora, pois o diálogo não foi a prática da gestão em 2017. Leo sustenta suas avaliações citando exemplos em que o governo se posicionou de forma autoritária em 2017. “Solicitamos audiências públicas para a realização de debates com temas relevantes para a cidade e não fomos atendidos em 2017”, afirma Leo. “A postura adotada pelo secretário de educação, de fazer o debate, inaugura um novo período, pois a regra nunca foi essa para a gestão de Pascoal, pois o discurso só vale quando tem consequência na ação”, concluiu. Leo ainda citou os seguintes exemplos de posturas autoritárias que atropelaram a categoria de profissionais da educação em 2017:

1) Votação de Lei que extingue cargos públicos em que áreas da educação, deixando setores negativados. Isso significa que se o  professor sair, ou se aposentar, tem que criar uma nova lei para colocar outro em seu lugar, porque a lei que rege sua contratação foi modificada. “Foi solicitado o debate e aprovado em plenário, mas o debate não ocorreu. Inclusive os pedidos formais feitos ao Poder Executivo não foram respondidos sobre os profissionais da educação. Isso não é postura administrativa de quem quer diálogo”, citou Leo.

2) Debate sobre o dissídio: “Havia mais uma semana de tempo hábil para o debate e a gestão Pascoal atropelou o processo”.

3) Eleições da direção das escolas: A gestão de Pascoal mudou as regras das eleições para direção das escolas sem debate em com o processo eleitoral em andamento. Sendo que havia se comprometido em campanha eleitoral que não faria isso em seu mandato.

Além dos três exemplos que envolvem diretamente os servidores da educação, Leo lembrou outros que foram mais marcantes e traumáticos, como a mudança no regimento do Hospital São Camilo, com a inserção dos convênios que se deu sem fazer o debate. Com isso, Leo sugere à categoria que continuem mobilizados. “A presente reunião só está ocorrendo pela mobilização do sindicato que passou por todos os gabinetes e construiu essa pauta política”, concluiu.

Ao final, Leo encaminhou ao presidente da comissão de educação Vereadore Euclides Castro, que preside a Comissão de Educação, que leve em consideração o período de férias dos professores. Garanta uma audiência pública na volta do recesso escolar demonstrando a disposição desta gestão em debater a reforma do Plano de Carreira do Magistério.

Servidores presentes legitimaram direção sindical e reclamaram de posturas emitidas em memorando da administração.  No entanto, com o debate e a presença do secretário de Educação, os poderes Executivo e Legislativo se comprometeram em fazer o debate necessário com a categoria, após o recesso escolar, sobre o tema do Plano de Carreira do Magistério Municipal. “Essa é uma grande vitória da categoria”, concluiu Leo.

Reunião sobre Plano de Carreira do Magistério de Esteio

Lançada a candidatura de Lula para as eleições de 2018

Resolução do PT: com Lula e com o povo até a vitória em outubro!

Resolução da Comissão Executiva Nacional do PT publicada em 25 de janeiro
 25/01/2018 16h37

Resolução da Comissão Executiva Nacional do PT

 COM LULA E COM O POVO ATÉ A VITÓRIA EM OUTUBRO!

 

Uma onda de indignação percorre o Brasil, na hora mais difícil do país desde que reconquistamos a democracia, há quase 30 anos.

 

Quase dois anos depois do golpe que rasgou a Constituição, vem rasgando os direitos dos trabalhadores e destruindo a soberania nacional, o ex-presidente Lula é alvo de uma violência judicial.

Em defesa de Lula e da democracia, multidões se mobilizaram em caravanas, atos públicos, nas escolas, nas ruas, nas redes sociais, em manifestos e canções.

Tantas vezes caluniado pelos inimigos da nossa gente, da democracia e do nosso país, Lula resiste com a força do povo, que nele vê refletida sua própria imagem, seus mais caros sonhos e as mais fortes esperanças.

Lula não cometeu nenhum crime. Seus acusadores sabem disso. Sua condenação é uma a farsa judicial que envergonha o Brasil perante o mundo.

Os procedimentos no Caso Lula fogem à normalidade da lei, como foi afirmado pelos maiores juristas brasileiros e de outros países.

Para condenar Lula, sem provas e sem crime, o Tribunal Regional Federal da 4a. Região decretou que juízes e promotores da Lava Jato não precisavam seguir as normas da lei observadas nos “casos comuns”. Decretado o estado de exceção, os direitos de Lula e sua família foram violentados ao longo do processo. Agora, a indecente combinação de votos dos três desembargadores da 8a. turma do TRF-4, no julgamento do recurso da defesa, escancarou o caráter do juízo político.

 

Lula foi perseguido, acusado, julgado e condenado num processo de exceção que é a continuidade do golpe doimpeachment de 2016 contra presidenta Dilma Rousseff.

 

Os cordões que moveram a Lava Jato e o tribunal de Porto Alegre num processo viciado para condenar Lula, sem provas e sem crime, são manipulados pelos mesmos setores que rasgaram a Constituição e os votos de 54 milhões de eleitores para instalar uma quadrilha no Palácio do Planalto.

 

Lutamos e lutaremos para retomar o processo de desenvolvimento com inclusão social que retirou mais de 32 milhões da pobreza, criou mais de 20 milhões empregos, abriu as portas da universidade para os negros, os indígenas e os filhos dos trabalhadores, que acabou com a fome neste país.

 

Lutamos e lutaremos pela recuperação da democracia. E que seja a democracia plena, o que implica em democratizar o acesso aos meios de comunicação, rompendo o monopólio e garantindo a todos o direito à informação correta.

 

Lutamos para fechar a página do golpe, pela convocação de uma Assembleia Constituinte soberana, que adote reformas populares e revogue as medidas que prejudicaram o povo e o país, como a chamada PEC da morte, inclusive por meio de plebiscitos e referendos revogatórios.

 

Por todas essas razões – e às vésperas de comemorar nosso 38o. aniversário -, nesta hora tão decisiva para o futuro do país, a Comissão Executiva Nacional do PARTIDO DOS TRABALHADORES, reunida em sessão pública com a presença de nossos governadores, senadores, deputados, dirigentes nacionais e estaduais, e de representantes dos mais expressivos movimentos sociais, adota a seguinte Resolução:

 

  1. Reafirmar a decisão do Diretório Nacional do PT de que o companheiro Luiz Inácio Lula da Silva será candidato à Presidência da República nas eleições de outubro de 2018;

 

  1. Denunciar ao país e ao mundo a farsa judicial contra Lula com a cumplicidade da mídia, liderada pelaRede Globo: as ações ilegais dos policiais e procuradores da Lava Jato, a sentença injusta e ilegal deSérgio Moro, e o voto indecentemente combinado dos desembargadores do TRF-4;

 

  1. Saudar e agradecer os partidos políticos, movimentos sociais, organizações e personalidades que, no Brasil e em todo o mundo, condenaram a perseguição e proclamaram o sentido democrático da participação de Lula no processo político e eleitoral;

 

  1. Aprofundar o diálogo e manter a unidade com os partidos e forças sociais, buscando formar ampla e sólida aliança, com todos que se coloquem de acordo com o programa de governo que estamos construindo e apresentaremos ao país;

 

  1. Criar cada vez mais Comitês Populares em Defesa da Democracia e do Direito de Lula ser Candidato, envolvendo companheiros e companheiras de diversos horizontes políticos, para dialogar com o povo sobre a perseguição a Lula.

 

  1. Orientar os Comitês Populares a se fazer presentes com nossa mensagem nos festejos do carnaval; a participar do apoio à greve das centrais sindicais contra a reforma da Previdência, no dia 19 de fevereiro; participar ativamente das atividades do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, e participar do Fórum Social Mundial, em Salvador, em março.

 

Com Lula e com o povo, até a vitória em outubro!

 

São Paulo, 25 de janeiro de 2018

Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores

Com Lula em Porto Alegre

Participamos, protagonizamos, mobilizamos, nos manifestamos em prol da justiça e denunciamos mais uma etapa do Golpe que teve início em 17 de julho de 2016. Mais uma vez assistimos pelo lado de fora, sem nenhuma possibilidade de intervenção que pudesse restabelecer a justiça. Foi um momento de compreender os limites da institucionalidade, debater sobre o que fazer após a condenação e quais os caminhos para restabelecer as relações democráticas no Brasil. Os movimentos sociais integraram suas agendas e manifestaram suas posições sobre Davos, em que o Brasil mais uma vez ficou de fora, pois quem representou o Brasil, além de não ter reconhecimento político dos demais líderes do Planeta, não possui qualquer expressão capaz de devolver o protagonismo internacional que o Brasil teve com Lula presidente. Lula será candidato da mesma forma e estamos organizados para enfrentar essa agenda, pois a história nos chama. Essa trajetória será trilhada com muita alegria e disposição que são características do povo brasileiro. A crise de representatividade política e a desconstituição das instituições brasileiras se aprofundou ainda mais com esses resultados, que desnuda o corporativismo no Poder Judiciário denunciado internacionalmente por se mover por interesses políticos de forma parcial contra Lula. Milhares de pessoas saíram às ruas para denunciar a farsa jurídica Temos a tranquilidade e a disposição para dar continuidade na luta por justiça e contra o estado de exceção. Continuaremos a luta pelo reestabelecimento da democracia no Brasil.

Filósofa Márcia Tiburi fala em ato na esquina democrática

Entre as atividades que participamos na terça-feira, dia 23, em Porto Alegre, está a manifestação da filósofa Márcia Tiburi, que ocorreu por volta das 15 horas, na Esquina Democrática. Acompanhamos a exposição de ideias das leituras da professora sobre o significado do momento histórico vivido nos dias do julgamento de Luiz Inácio Lula da Silva, que acontece em Porto Alegre. Márcia falou que embora possa soar como metafísico, todos somos sujeitos históricos e a história nos convoca. “O que está acontecendo em Porto Alegre, neste dia 23, possui uma urgência histórica. Por isso é importante todos estarmos nos movimentos fisicamente. Quem puder estar presente somente de coração que assim seja, desde que esteja com a mente ligada sobre tudo que está se passando no Brasil”, disse Márcia. “É muito grave o que está acontecendo nesse momento em termos de Estado, governabilidade, democracia, poder Judiciário que torna tudo isso muito sério. O julgamento de Lula já é em si mesmo uma inequidade. Para que pudéssemos dizer que estamos vivendo em uma democracia seria necessário anular esse ato ignominioso, pérfido, perverso e injusto impetrado por aqueles que se dizem agentes da justiça”, reforçou Tiburi. Quem se dispôs a estar presente teve a oportunidade de manifestar seu desejo pela democracia. Algo que não faz parte das intenções e ações destas pessoas que são  donas do poder e que transformam hoje em dia o poder em violência. “É contra essa violência do poder, esse abuso e essa insanidade do Poder Judiciário que estamos em Porto Alegre”, explicou. O golpe que iniciou em 2016, com o impeachment de Dilma, continua agora sobre a pessoa de Luiz Inácio Lula da Silva. “Gostemos dele ou não, seria justo que esse julgamento fosse anulado. O que importa é pensarmos em justiça e não simplesmente em nossos caprichos, gostos, afetos e seria fantástico se fosse possível transformar esse ódio em amor. Caso isso não seja possível, pelo menos a justiça e talvez esse Judiciário se mostre impotente para isso. A história vai nos mostrar isso com a votação. Sou pessimista com os resultados e espero estar enganada”, concluiu.

Márcia Tiburi em Porto Alegre

Mulheres demonstram força política e disposição em lutar por justiça

O vereador Leo Dahmer, do PT de Esteio, participou do ato de mulheres em defesa de Lula (http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2018/01/em-porto-alegre-ato-mulheres-defesa-lula-faz-historia) . Milhares de mulheres de todo o continente lotaram a Praça da Matriz, em Porto Alegre, na manhã de terça-feira, dia 23. O vereador Leo Dahmer, presidente do PT de Esteio, esteve presente acompanhando as mulheres petistas da cidade, em apoio aos movimentos pela democracia.  A Praça da Matriz foi lembrada como o cenário da Campanha da Legalidade comandada por Leonel Brizola em 1961, quando o povo gaúcho mostrou garra e disposição para a luta em defesa da democracia e da posse de Jango. Desta vez a luta é pelo direito de Luiz Inácio Lula da Silva ser candidato à presidência da República, em 2018.

Milhares de mulheres ativistas que defendem o “respeito às leis e um julgamento isento” de pretensões políticas. (http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2018/01/unica-decisao-tecnica-e-juridica-possivel-e-absolvicao-de-lula-diz-advogada) foram responsáveis pela realização do evento.

O ato foi histórico e emblemático por representar o estado de exceção e o peso do preconceito e boicote machista ao protaginismo da mulher no cenário político.

A atividade estava prevista para ocorrer no Auditório Dante Barone, na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. O local podia abrigar mil pessoas. No entanto, a Assembleia Legislativa teve uma interrupção na energia elétrica. Tudo indicava o cancelamento do evento, no entanto Dilma estava lá com milhares de mulheres transbordando a dignidade de quem luta por justiça e decidiram realizar o ato na Praça da Matriz. Rapidamente foi providenciado um carro de som e a praça lotou um público para cinco auditórios. “Se alguém teve a intenção de ofertar mais alguma dificuldade àqueles que lutam pela democracia, mais uma vez o tiro saiu pela culatra”, comentou Leo naquele momento. Em um instante um burburim se instalou em meio a multidão disposta a assistir a atividade por telões no lado de fora do auditório, que o evento devia ter sido concebido deste o início em local mais amplo, livre de intervenções e boicotes. “Assim como eu, existem muitos que transcendem o grupo de mulheres feministas, mas querem demonstrar apoio político e disposição a lutar pelas suas causas, que em última instâncias são nossas causas”, contextualiza Leo, que representava não só os petistas, eleitores diretos e personalidades que participam da orientação do nosso mandato, mas também das mulheres que sofrem com as políticas misóginas, machistas e racistas implementadas pelo grupo político de Temer, Sartori e Pascoal. “Por isso somos alvo de algumas críticas, todas movidas por apoiadores destes políticos que criticamos pelo ataque às mulheres, aos trabalhadores, às etnias e as classes sociais menos favorecidas economicamente”, explica Leo.

Em reunião política do mandato, ao final das atividades, Leo Dahmer percebeu movimentos organizados nas redes sociais. “As redes sociais, principalmente no Facebook, predominou a intervenção do grupo “Vem Pra Rua” e simpatizantes que não foram para a rua e ficaram em casa em frente ao computador. Não respondemos as mensagens ainda e não excluímos os comentários, pois confiamos no discernimento das pessoas”, orientou Leo.

Segue um relato da Rede Brasil Atual muito fiel ao ato:

“O caminhão de som parado em frente à Assembleia recebeu parlamentares como as deputadas federais Maria do Rosário (PT-RS), Alice Portugal (PCdoB-BA) e Benedita da Silva (PT-RJ), a deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) e as senadoras Lídice da Mata (PSB-BA), Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR, presidenta nacional do partido), entre outros parlamentares. Movimento estudantil e coletivos da juventude tiveram forte presença.

“O povo se encontra nas ruas em apoio à Lula a ter o direito de ser candidato. Condená-lo significará condenar também o país e os trabalhadores. Tivemos no governo Lula uma mudança no país, com mais inclusão. Agora, com os investimentos congelados e as reformas infames, o povo está junto em defesa da democracia”, afirmou Benedita da Silva.

“Sem crime, cassaram a primeira mulher a vestir a faixa presidencial. Agora querem cassar o retirante nordestino que não fala inglês e nem francês, mas fala a língua do povo”, exclamou Alice Portugal.

Pré-candidata à Presidência da República, Manuela enfatizou que não cabe ao Judiciário fazer juízo político. “O que estamos vendo é o desdobramento do golpe. O único juízo político é o das urnas e é esse que queremos ver Lula sendo submetido.” Olhando a multidão que ocupava a Praça da Matriz, ela lembrou versos do poeta Thiago de Mello:

Faz escuro mas eu canto,
porque a manhã vai chegar.

Vem ver comigo, companheiro,
a cor do mundo mudar.
Vale a pena não dormir para esperar
a cor do mundo mudar.
Já é madrugada,
vem o sol, quero alegria,
que é para esquecer o que eu sofria.
Quem sofre fica acordado
defendendo o coração.
Vamos juntos, multidão,
trabalhar pela alegria,
amanhã é um novo dia.

Interesses escusos

 

A manifestação, realizada na véspera do julgamento do recurso de Lula pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), foi encerrada com discurso da ex-presidenta Dilma Rousseff, que classificou o golpe em curso como um ato que humilhou o país.

“Colocaram o Brasil de joelhos, submetido não aos seus próprios interesses, mas aos interesses dos países do norte”, disse. Para ela, o golpe teve como objetivo destruir o PT e o Lula, mas “deu errado”. E citou pesquisas eleitorais que colocam o ex-presidente como favorito nas eleições de outubro.

“O golpe fracassou politicamente, nenhuma liderança ‘deles’ resiste ao escrutínio popular. O único que restou, o Alckmin, não tem apoio. E a ‘invenção’, como o Doria, foi transformada na sua real proporção, ou seja, do ponto de vista político, a nada.”

Dilma lembrou o papel histórico que a Praça da Matriz já teve no destino do Brasil durante a Campanha da Legalidade, situação que volta a acontecer 57 anos depois. “Estamos numa resistência democrática. Antes era a ditadura militar nesta praça, agora é a resistência ao golpe parlamentar.”

Como tem feito em outros eventos públicos, a ex-presidenta voltou a enfatizar que seu impeachment foi o primeiro ato do golpe; seguido pelo segundo ato, expresso nas reformas e leis aprovadas no governo Temer, e que “jamais” teriam apoio popular; até chegar ao terceiro ato, a proibição de Lula ser candidato à Presidência.

Dilma afirmou que o julgamento de Lula tem “absurdos” reconhecidos por juízes nacionais e internacionais e que, na verdade, é um processo de perseguição política. “Com o apoio de vocês, Lula terá condições de lavar e enxugar a alma deste país.””

(http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2018/01/em-porto-alegre-ato-mulheres-defesa-lula-faz-historia).