O Dia Internacional de Ação Pela Saúde da Mulher, comemorado no mundo em 28 de maio, foi definido no IV Encontro Internacional Mulher e Saúde que ocorreu em 1984, na Holanda, durante o Tribunal Internacional de Denúncia e Violação dos Direitos Reprodutivos, ocasião em que a morte materna apareceu com toda a sua magnitude. A partir dessa data, o tema ganhou maior interesse e no V Encontro Internacional Mulher e Saúde, realizado em São José da Costa Rica, a Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe – RSMLAC, propôs que a cada ano, no dia 28 de maio, uma temática nortearia ações políticas que visassem prevenir mortes maternas evitáveis.
No Brasil, 28 de maio é o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. A data possui como principal objetivo, chamar a atenção da sociedade brasileira em relação aos direitos relacionados à gravidez, e à saúde das mulheres durante todo esse período. Dentro do conjunto de ações estão o auxílio em relação ao planejamento familiar e ao pré-natal, além é claro, do acesso à informação, um dos fatores decisivos na redução da mortalidade materna.
A Mobilização pela Redução da Morte Materna, é realizada no país desde 2009, com atividades que vão desde seminários, oficinas, debates, até a organização de marchas com distribuição de materiais relacionados ao tema. No Brasil, o Ministério da Saúde definiu o dia 28 de maio, como o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna devido ao quinto Encontro Internacional da Mulher e da Saúde que aconteceu em São José, capital da Costa Rica neste dia, no ano de 1987.
No dia 21 de maio, a jornalista Letícia Paludo publicou na Zero Hora uma reportagem que destaca o protagonismo das mulheres no enfrentamento aos desastres naturais, tais como os que ocorreram no RS. No sábado, dia 25 a jornalista aprofundou o tema com algumas conseqüências à saúde da mulher diante das dificuldades que resultam do estresse e das condições sanitárias.
Entre as principais doenças previstas para ocorrerem neste momento de enfrentamento aos desastres naturais está a leptospirose, o tétano, a hepatite A e doenças de pele que são transmitidas pelo contato, tais como piolhos, pulgas, carrapatos e sarna. O RS registrou após as cheias cinco mortes e 124 casos registrados de leptospirose. A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas. O período de incubação, ou seja, intervalo de tempo entre a transmissão da infecção até o início das manifestações dos sinais e sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.
A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos.
SINTOMAS
As manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas e subclínicas até quadros graves, associados a manifestações fulminantes. São divididas em duas fases:
Os principais da fase precoce são:
Febre
Dor de cabeça
Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
Falta de apetite
Náuseas/vômitos
Podem ocorrer diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular, tosse; mais raramente podem manifestar exantema, aumento do fígado e/ou baço, aumento de linfonodos e sufusão conjuntival.
Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose, ocorre a evolução para manifestações clínicas graves, que normalmente iniciam-se após a primeira semana de doença. Nas formas graves, a manifestação clássica da leptospirose é a síndrome de Weil, caracterizada pela tríade de icterícia (tonalidade alaranjada muito intensa – icterícia rubínica), insuficiência renal e hemorragia, mais comumente pulmonar. Pode haver necessidade de internação hospitalar.
Manifestações na fase tardia:
Síndrome de Weil – tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias
Síndrome de hemorragia pulmonar – lesão pulmonar aguda e sangramento maciço
Comprometimento pulmonar – tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica
Síndrome da angustia respiratória aguda – SARA
Manifestações hemorrágicas – pulmonar, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso central
Fontes:
https://www.tjes.jus.br/28-de-maio-dia-nacional-de-reducao-da-mortalidade-materna
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/l/leptospirose
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