O vereador Leo Dahmer, do PT, apresentou seis proposições legislativas que versam sobre a situação da Pandemia de Covid-19. O parlamentar aponta questões que, ao seu ver, são equivocadas em decisões políticas sem amparo científico, atendendo interesses econômicos em prejuízo da saúde da população. “Não é o momento de minimizar a situação que estamos vivendo, pois ele é muito grave pelo esgotamento do sistema de saúde em todo o Rio Grande do Sul”, explica Leo.
A realidade de Esteio não condiz com a decisão de Pascoal de adotar a bandeira vermelha, tendo em vista que o município está há quatro dias sem leitos de UTI, tal como toda a região. Os médicos já estão tomando a terrível decisão de quem vai ser entubado e já temos pessoas morrendo, em outros municípios, por falta de atendimento. A situação dramática já foi vivida em outros países, que tiveram que adotar as orientações dos infectologistas para conter a pandemia. O vereador salienta que Esteio está entre os municípios com a maior mortalidade no Rio Grande do Sul, em que as mortes por covid-19 representam quase o dobro da média do Estado do Rio Grande do Sul.
O sistema de cogestão adotado pelo Governo do Estado está permitindo que os prefeitos atendam interesses econômicos em detrimento da saúde da população, ao mudar a bandeira do município sem ampliar as vagas de atendimento. O Rio Grande do Sul, pelo esgotamento do sistema de saúde e o alto índice de contaminação, estabeleceu bandeira preta em diversas regiões, entre elas a Metropolitana, que compreende Esteio. A cor da bandeira, que estabelece o nível de isolamento necessário para garantir atendimento para todas as pessoas, está sendo ignorada. Os prefeitos da região estão adotando protocolos mais flexíveis sem ter condições de garantir a saúde da população de suas cidades.
O vereador questiona a base científica e a forma como o prefeito irá impedir que mais pessoas continuem a morrer na fila sem poder receber atendimento. Em recente manifestação, o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, que manteve a bandeira preta, justificou sua decisão com base no esgotamento do sistema de saúde e priorizando a vida da população. Nesse sentido, Leo Dahmer formalizou pedido para que Pascoal explique qual base científica sustenta a sua decisão política.