O Sindipetro anunciou em suas redes sociais, na tarde desta sexta-feira, dia 29, a realização de um ato de protesto à política econômica de Bolsonaro, em apoio à greve dos caminhoneiros, com subsídios que tornam o botijão de 13Kg o valor de R$ 35,00. “A ação do Sindipetro é inteligente e muito criativa, pois ao subsidiar o valor do gás a um preço justo de R$ 35,00 para um botijão de 13Kg, demonstra na prática a ação que o governo deveria ter na gestão da Petrobrás, mais em prol da população brasileira e menos aos interesses dos acionistas do mercado financeiro internacional”, explica Leo Dahmer, que apoia o movimento do Sindipetro.
A ação ocorrerá na segunda-feira, (01/02), às 17 horas, na avenida Padre Claret, esquina com a rua Passo Fundo, no Centro de Esteio.
Veja a nota na íntegra:
Sindipetro/RS
Sindicato dos Petroleiros vai vender gás de cozinha a R$ 35, nesta segunda-feira (01)
O Sindicato dos Petroleiros do RS (Sindipetro-RS), em apoio a greve dos caminhoneiros, anunciada para a próxima segunda-feira (01/02), vai promover mais uma edição da campanha “Gás a preço Justo”. Serão subsidiados, pela metade do preço, 100 botijões de gás de cozinha de 13kg, vendidos à população no valor de R$ 35. A ação será às 17h, no centro de Esteio, na Avenida Padre Claret, esquina com a rua Passo Fundo. Em caso de chuva, o evento será transferido.
O objetivo da campanha é mostrar que é possível vender o gás de cozinha a um preço mais baixo do que está sendo praticado hoje no mercado, levando-se em consideração o custo de produção nacional, mantendo o lucro das distribuidoras, revendedoras, da Petrobras e a arrecadação dos impostos dos estados e municípios.
A ação acontece em vários estados brasileiros, coordenados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Saída da Petrobrás no RS vai piorar a situação
Com o anúncio da venda da Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), em Canoas, e seus terminais e oleodutos, toda a sociedade gaúcha perde. Além da redução na arrecadação dos repasses de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para o estado, o preço do combustível e gás de cozinha vai aumentar para o consumidor.
A venda da REFAP nada mais é do que a privatização do mercado de boa parte da região sul, pois a refinaria atende o Rio Grande do Sul e parte de Santa Catariana e é esse mercado que estará sendo entregue ao monopólio privado. A atual política de preços (paridade internacional), implementada em 2016, só elevou os preços dos combustíveis. Desta forma, a privatização da REFAP não vai gerar concorrência e deixará o povo gaúcho refém das especulações em torno do petróleo e do dólar.
Com algumas pautas e reivindicações similares, a luta dos petroleiros e caminhoneiros se converge em pontos que são de grande interesse da população brasileira: o fim do Preço de Paridade de Importação (PPI) adotado pela Petrobras, que atrela os preços dos combustíveis no Brasil ao valor do barril de petróleo no mercado internacional e o cancelamento da venda das refinarias da estatal.