Paredes internas desabaram sobre as pessoas que buscavam atendimento em saúde
Na tarde desta segunda-feira, dia 7, paredes que fazem as divisórias internas da Secretaria Municipal de Saúde desabaram atingindo pessoas que buscavam atendimento. O fato ocorrido reforça as denúncias feitas pelo vereador Leo Dahmer, que desde outubro do ano passado vem formalizando documentos que apontam as precárias condições de funcionamento das novas instalações. O prédio conta com contrato de aluguem de mais de um ano, apesar de estar sendo utilizado desde a inauguração que ocorreu em outubro. De acordo com explicações dadas à Câmara de Vereadores, a Prefeitura não havia transferido a Secretaria de Saúde para as novas instalações por conta de obras que buscavam adequações que pudessem comportar um sistema de climatização. No entanto, apesar da Prefeitura ter inaugurado, o referido sistema de climatização nunca funcionou. “Além da insalubridade dos servidores e do sofrimento ofertado às pessoas fragilizadas que buscam atendimento em saúde pelas precárias condições do prédio, agora temos a própria estrutura desabando sobre as pessoas”, aponta de forma indignada Leo Dahmer.
Veja mais sobre o caso:
O vereador Leo Dahmer, do PT, inconformado com o descaso da prefeitura, ingressou com um pedido de providências, que foi formalizado e aprovado por todos os vereadores, no dia 27 de novembro, para que fosse resolvido o problema criado pela Prefeitura, que optou em alugar um prédio sem condições de dar atendimento à população. “Nossa preocupação está focada nas condições de atendimento das cerca de 600 pessoas que utilizam os serviços diariamente, além da insalubridade de quem trabalha nessas condições”, explica Leo.
O prédio do Ari Leite, localizado na Avelida Padre Claret, esquina com a rua Pelotas, tem motivado muitas dúvidas pela estranha obsessão da Prefeitura em locar o espaço. As obras realizadas ao longo de mais de um ano na estrutura particular motivou o parlamentar a formalizar um pedido de informações sobre a autoria e o custo das reformas. A Prefeitura respondeu formalmente que se tratavam de obras feitas pelos proprietários, no entanto, evidências apontam envolvimento da Prefeitura na recuperação do prédio particular. “Estamos acompanhando as obras que foram feitas, mas não estamos convencidos de que não houve investimento da prefeitura, no entanto, nos cabe acatar a resposta oficial do prefeito até que se tenham evidências concretas que afirmem o contrário”, aponta Leo.
Outra preocupação do vereador sobre as condições estruturais para o funcionamento da Secretaria da Saúde está relacionada ao Plano de Prevenção e Combate ao Incêndio (PPCI). As versões contraditórias motivou o parlamentar a apresentar um pedido formal à Prefeitura, que foi aprovado por todos os vereadores na sessão do dia 4 de dezembro para que a Prefeitura informe se o prédio possui PPCI. Até o momento a Prefeitura não respondeu a questão. “São muitas promessas. A última delas é que o sistema ficaria pronto até sábado. Mas as promessas não resolvem a insalubre situação de trabalho e do atendimento daqueles que buscam por saúde em Esteio”, conclui Leo.